terça-feira, 26 de junho de 2012

Estão Falando Mal de Mim

Todos nós gostaríamos de exclamar: "Não tenho inimigos! Dou-me muito bem com todos!". A realidade nos mostra que, via de regra, todos temos uma pedra no sapato. Há sempre alguém que nos espicaça e nos tira o bom humor. Na maior parte das vezes é por motivos fúteis. Alguém é frontalmente contra nós por causa do nosso jeito, porque a nossa fisionomia lembra a de um conhecido adversário, porque deixamos de atender um pedido que envolvia corrupção, porque não somos do partido tal...

Posso dizer, pessoalmente, que despertei vários inimigos irreconciliáveis por ter tomado posição em favor daquilo que é ensinamento de Cristo. Outras vezes, não foi possível atender uma solicitação, inteiramente de interesse pessoal, por contrariar o bem comum. Eu tenho muitíssimos amigos. Sinto uma onda de simpatia pela minha pessoa, mas não posso dizer que não tenho inimigos. Existem alguns poucos que me odeiam. Às vezes, nem eles sabem direito o porquê. Chego a gemer na dor: “Salva-me, Senhor, dos meus inimigos” (Sl 143,9).

Fico conjeturando: "Por que passamos por essa provação de encontrar alguém que nos detesta?”. O primeiro motivo pode ser nós mesmos, quando prejudicamos alguém irremediavelmente. Neste caso, estejamos abertos para um reatamento da amizade. Todos temos um dia em que cometemos algum erro. Entre os que tomam a iniciativa de nos odiar (sim, isso existe), quem são os nossos inimigos? Não são diretamente os ateus, os espíritas, os evangélicos; são aqueles que deveriam ter um vínculo conosco. “Os inimigos do homem são os da sua casa” (Mt 10,36).

A definição das nossas ideologias costuma ser outro fator de desunião. Os  amigos vão até ficar estupefatos com minha afirmação, mas um divisor de águas é uma velha ideologia do século XIX. Trata-se do socialismo. A partir dele o homem de Igreja é classificado de “avançado”, “libertador”, "retrógrado”, “tridentino”, “moderno”, “atualizado”, “amante dos ricos” ou “inteligente”.
O critério não é o Evangelho. Em muitos casos, somos obrigados a conviver com tais pessoas sem esperança de reconciliação e rezar por elas. Mas a pergunta, diante de muitos casos inexplicáveis, sempre permanece: "Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 22,7).




Fonte: Canção Nova



quarta-feira, 6 de junho de 2012

O casamento se inicia no namoro equilibrado

O que Deus quer do casamento, da família?
Quando o Deus Pai quis que a humanidade existisse, Ele estruturou tudo na família, com o casal. O Senhor fez o homem, mas viu que seu coração estava vazio e disse a Adão: “Eu vou te dar uma companheira adequada” (Gên 2, 18c). Quando Ele fez a mulher da mesma natureza do homem, é uma linguagem poética para dizer que a mulher foi feita na mesma dignidade do homem, mas diferente para que os dois se completassem. Quando Deus levou Eva para Adão, este ficou emocionado e disse: “Ela vai se chamar mulher” (id. 2, 23c).
O Altíssimo disse a coisa mais importante sobre isso: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua mulher e serão uma só carne” (id. 2, 24). Isso é o desígnio de Deus, que o homem se case com uma mulher e forme uma só carne, uma só pessoa humana.
Pela unidade do amor de Deus, no altar, vocês serão uma só pessoa; isso é mais ou menos aquilo que acontece na Santíssima Trindade, Três Pessoas, mas uma unidade. Se o casamento não for uma unidade, ele não estará de acordo com a vontade de Deus, e o casal não poderá ser feliz. Se o casal não for uma unidade, não estará vivendo conforme a vontade divina; e isso começa no namoro. É no namoro que a família começa, todos nós nos casamos porque namoramos.
O namoro é o alicerce, o fundamento, se você fizer desse período apenas uma curtição, você estará fazendo da sua família futura uma brincadeira e você sofrerá mais tarde. Leve o namoro a sério, não brinque com a pessoa do outro.
Namoro não é tempo de conhecer o corpo do outro, mas alma do outro. Não empurre seu namoro com a “barriga”, se você vê que só existe briga, tenha coragem de terminar, o amor é algo que se constrói, não cai do céu pronto. A aliança de namoro você pode tirar do dedo, a aliança do casamento, não.
Não deixe a vida sexual sufocar seu namoro, a vida sexual é para os casais casados. São Paulo diz que o corpo da mulher pertence ao marido e o corpo do marido pertence à mulher, porque eles são uma só carne, por isso têm o dever de viver a vida sexual.
Viva seu namoro na castidade, na seriedade e vocês estarão se preparando para ser um casal fiel. O namoro é o começo de tudo, é o ponto de partida.
Quando chegamos ao casamento o que Deus quer? O casamento é uma decisão que exige maturidade, atrás desse "sim" vêm os filhos, que não pediram para vir ao mundo, mas vieram por amor. O filho tem o direito de viver com seus pais, porque ele precisa disso para sua formação moral, intelectual, psicológica, por isso, o casal precisa ser uma só carne e não levar o casamento na brincadeira com mentiras. Se você começar a mentir dará espaço para o demônio entrar no seu matrimônio; não pode haver falsidade entre o casal. Não pode haver divisão entre o casal, não pode existir a primeira pessoa do singular: “eu”, mas sim, a primeira pessoa do plural: “nós”.
Deus quer o casal como café com leite: quando alguém olha vê um só. É possível fazer isso? Sim, com a graça de Deus. Casal que reza junto permanece junto.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Como um jovem manterá pura a sua vida?

castidade
Para se manterem puros e não pecarem, São Francisco revolveu-se na neve e São Bernardo mergulhou num tanque gelado. E você, o que pretende fazer?
Juventude à flor da pele, a pressão de determinadas pessoas, a influência da mídia, os novos valores adotados pela sociedade, um mundo com uma mentalidade predominantemente impura. Diante disso, o jovem cristão se pergunta: “Será que é possível ser puro?”. Realmente é difícil, muito difícil. Mas não é impossível!
Paul Claudel, filósofo francês, disse, certa vez, que rapazes e moças não foram feitos para o prazer, mas para o desafio. Então, como alcançar a pureza? Há vários caminhos. Um deles é a vivência da castidade, chamada por São Pedro Damião de a “rainha das virtudes”.
De acordo com o teólogo Jason Evert, a castidade é uma virtude, é a fortaleza que uma pessoa tem para usar a sexualidade de acordo com o plano de Deus.
Nos programas vulgares de televisão e nos sites pornográficos, há maldade escondida nas palavras. Nessa confusão toda, como ser casto? São Carlos Borromeu afirma: é impossível que te conserves casto, se não vigiares continuamente sobre ti mesmo, pois a negligência traz consigo muito facilmente a perda da castidade.
Percebe-se, aqui, a necessidade de dominar-se para ter uma vida casta. Como disse o professor Felipe Aquino, apresentador do programa Escola da Fé, na TV Canção Nova, “ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz”. Para possuir-se a si próprio demandam-se meses, até anos!
Ninguém está imune. Como São Gregório disse, “ainda que expulsemos os maus pensamentos que costumam seguir o olhar voluntário, eles deixam sempre uma mancha na alma”. Sendo assim, precisamos ser limpos, lavados com o Sangue de Cristo, purificados ao olhar para Jesus Sacramentado e aprendendo com o exemplo de Maria. Preenchendo os pensamentos, busquemos as coisas do Alto!
Fonte: Destrave


quinta-feira, 10 de maio de 2012

A intimidade do beijo

Olá pessoas,
Hoje venho postar sobre a intimidade do beijo, principalmente no casamento onde muitos casais perdem o hábito de beijarem-se. Mas lembremos que esse hábito muitas vezes é perdido ainda no namoro, então além da oração, devemos alimentar o amor com gestos que só podemos compartilhar com nossa(o) companheira(o). Mas tudo com seu devido limite e respeito ao tempo...

Na vida conjugal, o envolvimento íntimo é perfeitamente concebível e muito importante de ser cultivado. Entretanto, alguns casais que já convivem há algum tempo podem deixar de lado alguns pequenos hábitos – característicos dos envolvimentos românticos – sem perceber. Quando é comentado sobre o assunto, dizem ter perdido o romantismo, que isso é coisa própria de “namoradinhos” ou de recém-casados… Mas o romantismo na vida conjugal não acontece, exclusivamente, na vivência da intimidade sexual, tampouco está compreendido em um determinado período da vida das pessoas.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O combate contra a impureza

“Como um jovem manterá pura a sua vida?” (Salmo 118, 9). A pureza é uma virtude muito cara, sobretudo aos jovens, pois eles estão na flor da idade, potencialmente férteis e cheios de energia. Não obstante, o mundo se encontra brutalmente sexualizado, não há espaço para a pureza, o que há é um sistema de contravalores destacado nos meios de comunicação em geral.
O salmista faz uma pergunta inquietante para os jovens modernos. Como se livrar da impureza impregnada na TV, no rádio e na internet? Como escapar das situações de fornicação (sexo antes do casamento), dos sites pornográficos, dos olhares insaciáveis?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Aprender a Sofrer as Demoras de Deus

Fé é acreditar naquilo que não se pode ver, tomar posse do impossível que ainda não aconteceu. A fé um dom do Divino Espírito Santo. Para tê-la não podemos levar em conta apenas a razão, pois este é um dom repleto de mistérios, é plena graça de Deus termos um coração confiante.
Precisamos aprender com Santa Terezinha do Menino Jesus a ter uma infância espiritual, a não ter medo de nos abandonar nos braços do Pai, ter confiança Nele e depender de Seu amor por nós. É preciso ter a certeza de que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,19).
Na Sagrada Escritura vemos inúmeras passagens que nos mostram o quanto será diferente quando tivermos uma fé viva; uma delas está em Mateus 17,20: “Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha vai daqui para lá’ e ela irá. Nada vos será impossível”.
Lendo este versículo conseguimos ver como ainda somos homens e mulheres incrédulos. Jesus mesmo nos disse: “Homens de pouca fé”. Já estamos na reta final, chegamos a um ponto que não podemos mais desacreditar no poderio de nosso Senhor. Ele é o Deus dos milagres, e aquilo que é impossível aos humanos, não é impossível a Deus.
Muitas pessoas ainda acham que Jesus realizava milagres apenas no Seu tempo, quando ressuscitou Lázaro, fez Pedro andar sobre as águas, o cego enxergar e o paralítico andar; porém, não acreditam que Jesus realize milagres nos dias atuais, esqueceram que Ele é o mesmo de ontem, hoje e sempre. O que é impossível para Deus meus irmãos?
Hoje, o seu maior impossível é conseguir um emprego? Ter a graça de gerar uma vida? A conversão de uma pessoa que você tanto ama? A cura de um câncer? A reconciliação em seu matrimônio? Jesus mesmo proclamou: “Não te disse, que se creres, verás a glória de Deus? (Jo 11,40). Precisamos aprender a não duvidar das promessas de nosso Senhor; é necessário confiar cegamente em sua infinita misericórdia. Todos os dias de nossa vida nesta Terra serão de lutas, de desafios e sofrimentos, mas se acreditarmos que Jesus está no controle de tudo, que nenhum fio de nossa cabeça cai se Ele não permitir, sobreviveremos perante qualquer obstáculo e contemplaremos a vitória. Mas repito: precisamos depositar nossa fé em Deus!
“Precisamos aprender a não duvidar das promessas de nosso Senhor; é necessário confiar cegamente em sua infinita misericórdia”
Temos muitos sonhos impossíveis e desejos em nossos corações. No pensamento humano, algumas coisas que queremos são mais simples, como pedir a Deus para sermos pessoas melhores ou, então, ter um bom dia de trabalho. Já a cura de uma doença ou a conversão de um ateu, pensamos serem coisas mais difíceis de conquistar. Porém, hoje eu quero lhe dizer que para Deus não existe milagre mais fácil ou mais difícil, porque Ele pode realizar qualquer coisa, a qualquer hora.
Contudo, a verdadeira e autêntica fé não para por aí. Se Deus não nos conceder o que pedimos, não é porque Ele nos abandonou. Uma fé viva é, principalmente, quando não recebemos d’Ele o que pedimos, mas nossa confiança em Sua divina providência não se abala; permanecemos cheios de esperança. Deus é tão bondoso e sábio que não nos concede tudo o que Lhe pedimos, pois nem tudo o que queremos é o melhor para nós. Muitas vezes não compreendemos, mas precisamos acreditar que os pensamentos de Deus são muito mais altos que os nossos”.
Não há outro jeito. Precisamos esperar no Senhor, sofrer Suas demoras na certeza de que quem espera em Deus não é decepcionado.
Uma pessoa de fé tem ânimo mesmo em meio às dificuldades e angústias do dia a dia. Sabe por quê? Porque ela entendeu que, nesta Terra, não iremos ser plenamente realizados, mas apenas no Céu, onde contemplaremos a face de nosso Criador e chegaremos ao pico da felicidade, pois, enfim, alcançaremos a Vida Eterna!
Por isso, quando percebermos que estamos com a fé abalada, supliquemos ao Pai: “Meu Senhor e meu Deus, eu creio, mas aumente a minha fé”, com consciência de que quem diz isso ao Senhor está pedindo mais oportunidades de praticar a fé. Aprenda a exercitar sua fé nas pequenas coisas, acredite que o Senhor nunca sairá do seu lado e o ajudará em tudo o que você fizer.
“Depois disse a Tomé: introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé” (Jo 20,27).
Roguemos a Deus para que não sejamos iguais a Tomé, que precisou colocar o dedo no lado aberto para acreditar que era Jesus ressuscitado. Tenhamos a graça de acreditar sem mesmo ver ou tocar!
Jesus tem maravilhas a realizar em sua vida, basta você confiar e saber esperar!
Que o Pai das misericórdias nos ajude a sermos homens e mulheres entregues à fé que é viva e que se renova todos os dias!
Jesus, eu confio em Vós!
Fonte: Destrave

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Casal que não reza, permanece de pé

Poucas pessoas entendem verdadeiramente o sentido de um namoro. Muitos pensam em só curtir, outros querem alguém para estar ao lado; outros ainda veem o companheiro apenas como um objeto de prazer totalmente carnal. Mas poucos encaram o verdadeiro sentido do namoro enquanto tantos se deixam levar pelo mundo.
Nós possuímos, naturalmente, um espaço vazio dentro de nós que precisa ser preenchido por algo ou por alguém. Deus fez o homem e deste a mulher para completá-lo. Esse vazio dentro de nós necessita ser preenchido por alguém em quem confiamos e que esteja disposto a viver ao nosso lado e fazer disso algo que vem de Deus e para Deus. “Pois como a mulher foi tirada do homem, assim também o homem nasce da mulher, e tudo, afinal, vem de Deus” (I Coríntios 11,12).
A amizade é o começo de todo relacionamento, o amor Philos (amizade no grego moderno, um amor virtuoso desapaixonado) é o primeiro passo para a relação de qualquer casal. A amizade é algo muito importante, pois é nela que começa os primeiros passos de sentimento que muitos experimentam; é a vontade de conversar e estar perto. É do Philos que começa todo caminho para um namoro.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Hoje é dia de São Jorge, mártir, soldado cristão, nascido no final do século III. Atualmente se discute como improvável que seja originário da Capadócia.
Devido à coragem com a qual proclamou sua fé em Cristo, na fidelidade até a morte, sua vida e seu martírio foram narrados com descrições lendárias para valorizar sua valentia e seu heroísmo e para edificar os fiéis. Daí, entre outras, a lenda do cavaleiro que mata o dragão que importunava uma cidade. No entanto, mesmo esta narrativa lendária, pode muito bem ser relida, no contexto atual, como metáfora simbólica da vitória do cristão contra os inimigos, especialmente o demônio, adversário de Deus e da Igreja, pois a vitória que vence o mundo é a nossa fé.
O certo é que São Jorge foi condenado, como tantos cristãos daquela época, por ter- se renegado a reconhecer e adorar os deuses do império romano. Após superar vários tormentos e cruéis torturas, foi decapitado como soldado e atleta de Cristo de Jesus, tornando-se, desde então, herói da fé.
A morte se deu em Dióspolis, em Lida, na Palestina, no inicio do século IV. O papa Bento XIV reconheceu São Jorge como padroeiro da Inglaterra. Ele é modelo de coragem e de valentia em meio às perseguições dos inimigos de Cristo e de sua Igreja.

Foi um tombo, não a derrota!

Quantas vezes nos sentimos fracos frente a alguma situação? Quantas vezes nos sentimos caídos devido a um ato cometido? São diversas as lembranças que nos vêm à memória diante dessas perguntas, pois todos nós, em algum instante da vida, nos sentimos derrotados pelo inimigo, porque recorremos às alegrias do mundo, às coisas humanas. Mas isso não nos faz indiferentes às coisas de Deus, pois são elas que devemos buscar sempre, porque, certamente, nos trará felicidade eterna.
Nossas quedas nos fazem lembrar de nossa pequenez humana, nos fazem lembrar também que somos finitos e que o pecado está entre nós. Mas uma queda ou um fracasso não deve ser a última história a ser contada em nossa vida.
Em momento algum, na Bíblia Sagrada, Jesus pergunta a uma pessoa qual foi o pecado dela, o que de errado ela cometeu; pelo contrário, está escrito: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1,8). Com a certeza da misericórdia de Deus, podemos levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, buscando ser melhores em Deus para, assim, poder alcançar a glória que está em Nosso Senhor.

domingo, 22 de abril de 2012

Viver o tempo do outro

“Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo do céus.” Essa frase é bem conhecida, pois foi tirada do livro de Eclesiastes da Sagrada Escritura, no capítulo 3.
Se essa verdade diz que para tudo há um tempo, logo, nós humanos também temos o nosso tempo. Cada um vive o seu tempo. “Amar é viver o tempo do outro”, disse uma vez padre Fábio de Melo.
É diferente quando queremos, por interesse, que o outro viva o nosso tempo. Isso não é amor, é egoísmo.
Amar é doação. Aquele que ama dá sua vida, ou seja, o seu tempo ao seu amado. O autor do amor deixa de viver o seu tempo para se fazer presente para o outro, gastar-se, doar-se, estar ao seu lado mesmo sem lhe dirigir uma palavra.
Nós temos o nosso tempo e Deus tem o d’Ele. São dois momentos distintos. Deus Pai deixa de viver o Seu tempo para viver o nosso. Uma das realidades mais concretas disso, na qual Deus viveu o nosso tempo, foi Jesus ter se encarnado e habitado no meio de nós (cf. João 1,14). Jesus viveu em tudo a condição humana, exceto o pecado (cf. Hb 4, 15). Cristo viveu o nosso tempo e o viverá sempre.
Deus nos proporciona situações a fim de que olhemos para nós mesmos e descubramos em que tempo estamos vivendo.
É verdade que Deus nos revela a nós mesmos, mas como viver o tempo do outro se não estamos vivendo corretamente o nosso?

III Domingo da Páscoa

Amados amigos voltamos a meditar o Evangelho dominical, para o nosso crescimento espiritual e para professar juntos a nossa fé na ressurreição de Jesus. Estamos celebrando hoje o III Domingo da Páscoa, onde o Ressuscitado se manifesta mais uma vez aos seus discípulos. Como no João tinha apresentado domingo passado, é sempre o Senhor que toma a iniciativa de aparecer aos onze. Jesus tem esse desejo de que os seus acreditem na sua ressurreição. Como podemos observar nos evangelhos que narram a ressurreição, não foi fácil para os discípulos acreditarem que Jesus havia ressuscitado e como podemos ver hoje não ser fácil para muitos "cristãos" acreditarem também na ressurreição, principalmente quando procuram outras crenças para se "firmarem" na vida. Mas fazendo-se presente na vida dos seus discípulos a primeira coisa que o Senhor faz é trazer a PAZ! "A paz esteja convosco!". Ele conhece o coração dos seus discípulos e sabe bem que na realidade eles não acreditam na ressurreição: " Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma". Em outras palavras, os onze não acreditavam na real presença de Jesus ressuscitado, uma presença real como aquela quando Ele caminhava com eles na estrada da Galiléia ou da Judéia, mas pensavam de estar vendo uma aparição de um fantasma ou de um espírito de Jesus. Novamente encontramos o que aconteceu no dia em que Jesus andou sobre as águas em direção à eles e que tinha pensado de estar diante de um "fantasma" (Mc 6,49). Na verdade não basta uma fé genérica, embora entusiasta, em uma sobrevida de Jesus ou um retorno de seu espírito de entre os mortos, o evangelista nos diz em palavras que podem parecer paradoxal: "Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos". A Fé no Senhor Ressuscitado deve ser uma adesão a uma presença viva, a uma pessoa que pode ser explicada e revelada somente através das Sagradas Escrituras e a lembrança das palavras de Jesus (Jo 2,22). Em seguida, Jesus interroga os seus discípulos, destacando a compreensão benevolente com suas dúvidas, e ao mesmo tempo mostra-lhes as feridas de seu corpo glorioso, sua carne é ressuscitada dentre os mortos, e não é um cadáver reanimado ou uma alma simples, cuja função seria a de indicar a continuação da sua missão após sua morte: "Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Nesta afirmação está o conteúdo de todo o realismo da ressurreição, ou seja, a defesa da fé na ressurreição do corpo contra aqueles que, então como agora, são tentados a subestimar o evento da ressurreição e reduzi-la a uma sobrevida de ensino genérico do rabino e profeta Jesus de Nazaré... Mas, neste ponto, o Ressuscitado, tornando-se uma vez mais responsável pela fé dos seus, se convida a comer com eles assim aprofunda mais uma vez o seu sentido de sua ressurreição: um evento que faz de Jesus o Cristo, o Messias, porque "está escrito que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre mortos no terceiro dia". "Parece, portanto, em toda a sua evidência a base fundamental para a fé pascal: as palavras de Jesus combinado com "todas as coisas escritas sobre ele na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos." Sim, a nossa fé é gerada pelo ouvir a Palavra de Deus nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento, reinterpretada à luz da morte e ressurreição de Jesus de que "primeiro dia depois do sábado" (Lucas 24,1) , todas as escrituras e as todas palavras de Jesus são profecia do Mistério pascal! Queridos irmãos e irmãs, assim podemos perceber que Jesus faz com os seus um caminho pedagógico para que eles que eram lentos em compreender pudessem crer na sua ressurreição e deixou a chave da compreensão a LEITURA E MEDITAÇÃO da Sua Palavra. Por isso podemos dizer que o Evangelho de hoje nos convida nesta semana a meditarmos profundamente todos os textos que falam da ressurreição de Jesus para podermos livre e conscientemente reconhecê-lo como o Ressuscitado! Um bom domingo para todos!!!

Fonte: Pe. Francisco José Marques Filho

sábado, 21 de abril de 2012

Castidade, Caminho para uma Vida Feliz

“Eu vos exorto, pois, irmãos, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir que é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito” (Rm 12,1-2).
No caminho para a santidade e para a vida feliz temos uma grande aliada. Uma virtude e graça de Deus chamada CASTIDADE. Trata-se da nossa sexualidade e afetividade integradas para o amor.
É importante deixar bem claro que a castidade existe PARA O AMOR. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Nem Só de Sexo Vive o Homem!

A Paz do Senhor!
Hoje venho escrever sobre um assunto muito importante para nós jovens principalmente:
namoro, algo que a juventude de hoje quer viver na pele! Os hormônios falam física e biologicamente, a química envolve um casal rapidamente. Mas nós precisamos saber e entender sobre o namoro cristão.
O mais triste de tudo hoje é que os jovens já não mais se preocupam em namorar, querem apenas o “FICAR”. Isso é errado, pois somos templos do Espírito Santo, somos templos sagrados do Senhor, e precisamos respeitar o corpo um do outro. O ficar é errado por quê? Porque não existe compromisso, é apenas uma satisfação da carne, de beijar na boca, ou simplesmente de prazer sexual. “FICAR” é pecado! Nós, juventude cristã, precisamos mostrar ao mundo o verdadeiro relacionamento entre homem e mulher, em vez de vivermos simplesmente pela satisfação da carne e dos desejos corpóreos.
Antes mesmo de “ficar”, precisamos conhecer a pessoa, fazer um caminho de conhecimento para saber se realmente queremos nos relacionar com ela. Nós temos de perceber que simplesmente “ficar” com alguém é algo extremamente vazio: vou lá, beijo na boca, e depois vou para casa, às vezes não sei nem o nome da pessoa com a qual eu me relacionei. Chega de tanta besteira!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

PAIXÃO X AMOR: QUAL A DIFERENÇA?


Aquele frio na barriga, pensar na pessoa o dia inteiro, não ver a hora de encontrar o(a) amado(a). O beijo tem sabor especial, abraçar a pessoa é como se o tempo parasse… Nossa! Quem namorou sabe o que é isso: Amor!
Aquela vontade de sair com os amigos… Puxa, como ela(e) fica chata(o) de vez em quando. Nossa, parece que está com TPM! Algumas atitudes dela(e) me irritam. Meu Deus! Parece que ela(e) não vai mudar nunca… Quem já namorou sabe o que é isso: Amor?
É, a diferença entre amor e paixão vem com o tempo. No início tudo é uma beleza, todos os sentimentos de paixão florescem – o que é natural. Mas depois chega a oportunidade de saber se o que sinto pela pessoa é verdadeiramente o amor, sentimento que se põe em evidência quando diminui a paixão.
“As pessoas acham que amor é sentimento. A primeira coisa chocante no namoro é justamente quando elas descobrem que o sentimento evapora”, afirma padre Paulo Ricardo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Castidade não é para anjos

A castidade não é para anjos, é para nós que queremos viver o caminho do Senhor. Existem meios, maneiras, de você conseguir essa graça. A busca pela santidade será até o fim da vida, nunca estaremos prontos. 

O termo “castidade”, no Catecismo da Igreja Católica, é a integração da sexualidade na pessoa. Só isso? Só, mas dentro dessa definição existe um mundo de descobertas. A sexualidade é mais do que um órgão genital. Escutamos muito sobre sexo, pornografia, libertinagem com o corpo... Hoje, homens e mulheres são vistos como objetos pela sociedade, pelas novelas, por exemplo. Isso vai contra a nossa natureza, pois viemos do amor e da bondade.

Precisamos escolher o caminho de Deus para encontrar a verdadeira felicidade. É feliz aquele que espera no Senhor! Só é feliz por completo aquele que vive intensamente, – mesmo que lutando, caindo e levantando –, em Deus. Apenas satisfazendo os nossos prazeres seremos infelizes. Você acha que sexo com vários parceiros fará de você uma pessoa feliz? Se pensa assim, está enganado. A castidade é uma porta aberta para nos conhecermos e ficarmos felizes com nós mesmos e com os outros. Você é amado por Deus, Ele quis você antes do seu pai e da sua mãe. Honre o Seu amor!

A castidade parte de viver o verdadeiro amor. Precisamos recuperar a beleza da criação. Depois de ter criado tudo na terra, Deus Pai viu que era bom que o homem tivesse uma mulher (cf. Gênesis 1, 25-31). O Senhor criou o homem e a mulher para se amarem e se respeitarem um ao outro, não para um se aproveitar do outro. A sexualidade vai muito além do que as novelas e a mídia passam. As coisas que se referem ao sexo não são erradas e impuras. Hoje eu quero que você saiba da importância da castidade, que saiba que é algo lindo que você pode viver!

No Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 2341-2345, diz assim: